TBG reforça seu protagonismo no setor de gás natural na OTC Brasil 2025
TBG reforça seu protagonismo no setor de gás natural na OTC Brasil 2025
O diretor-presidente da Transportadora Brasileira Gasoduto Bolívia-Brasil (TBG), Jorge Hijjar, participou, no dia 30 de outubro, do painel “Monetização dos Recursos de Gás na América do Sul: Estratégias para o Sucesso”, durante a OTC Brasil 2025, considerado o principal evento da indústria offshore na América Latina. O encontro foi realizado no ExpoRio Cidade Nova, no Rio de Janeiro.
O painel trouxe para debate as melhores práticas em desenvolvimento e regulamentação de mercado e sobre a cooperação transfronteiriça e integração de mercado em relação às grandes reservas de gás na Argentina e recentes descobertas na Colômbia, juntamente com a existência de mercados nacionais e regionais crescentes para gás natural.
Hijjar destacou a importância da infraestrutura de transporte como elemento essencial para a competitividade e sustentabilidade do mercado de gás natural sul-americano, além da estabilidade regulatória.
"Estamos vivendo um momento importante para indústria do gás para o Brasil com a revisão tarifária. Porque, desde que abrimos o mercado, com base no modelo europeu, precisamos de uma regulação forte, eficiente e racional e que não varie com o tempo. E o mercado, no que trata do transporte, está totalmente aberto. Por isso, a regulação é importante com uma revisão tarifária justa. E para isso, a ANP tem se posicionado de forma a acolher as contribuições feitas por consultas públicas. O que os agentes do transporte esperam é que a revisão tarifária seja clara e efetiva e com vigência de longo prazo já que os investimentos são de longo prazo e robustas", pontuou o diretor-presidente da TBG.
Ele também frisou que o transporte é o elo principal da abertura do mercado, porque é quando muda de titularidade da molécula:
"Para melhorar a competição, é preciso aumentar a demanda para termos a possibilidade da queda do preço do gás. E, assim, ampliarmos os mercados", comentou.
Hijjar ainda deu um panorama técnico dos investimentos necessários para importar o gás de Vaca Muerta, da Argentina, em suas possíveis rotas. E ressaltou que, independentemente, do caminho escolhido, é necessário contratos firmes que permitam os investimentos e que chegue ao Brasil num valor competitivo.
"O gás da Argentina já chegou aqui no último verão, mas mesmo não sendo num volume significativo, provou que dá para acontecer. Só é preciso de lastro comercial para os investimentos necessários, além de um valor competitivo com o gás nacional", disse.
Em relação à transição energética, Hijjar destacou o papel da indústria do gás natural:
"O gás é um elemento de uma transição energética justa e de convivência. O gás é quem faz um back up das energias renováveis. É a infraestrutura do gás que faz a transferência do biogás para abastecer o país", explicou o executivo da TBG.
O painel foi moderado por Sylvie D’Apote, diretora executiva de Gás Natural do Instituto Brasileiro do Petróleo e Gás (IBP), e contou com a presença de Angélica Laureano, diretora executiva de Transição Energética e Sustentabilidade da Petrobras; Heloisa Esteves, diretora de Petróleo, Estudos de Gás Natural e Biocombustíveis da Empresa de Pesquisa Energética (EPE); Luciana Martins, diretora Comercial da TotalEnergies Gas Cone Sul; e Jorge Andrés Martínez Olano, CEO da Ecopetrol Brasil.
Os executivos debateram estratégias para maximizar o aproveitamento dos recursos de gás natural do continente, considerando o avanço de novos mercados na região e a necessidade de cooperação entre países produtores e consumidores.
A OTC Brasil 2025, organizada pelo Instituto Brasileiro do Petróleo e Gás (IBP) e pela Offshore Technology Conference (OTC), aconteceu entre os dias 27 e 30 de novembro. Sob o tema “O Futuro das Tecnologias em Águas Profundas: Conectando Petróleo e Gás e Energias Renováveis”, o evento reuniu mais de 20 mil participantes de mais de 20 países, 150 palestrantes e 200 expositores.



