Jorge Hijjar, diretor-presidente da TBG, participa do CEO Talks na Rio Pipeline
Jorge Hijjar, diretor-presidente da TBG, participa do CEO Talks na Rio Pipeline
No segundo dia da Rio Pipeline (10/9), o diretor-presidente da TBG, Jorge Hijjar, participou do CEO Talks. O executivo falou da sua trajetória profissional, da regulação para o início da abertura do mercado de gás, das possibilidades da importação do gás de Vaca Muerta (Argentina) e do Hub de Biometano.
Hijjar, que é engenheiro civil, contou que ingressou no setor de gás em 2000, por coincidência, exatamente no ano em que a TBG começou a operar plenamente, participando do plano governo para aumentar, de 2% para 12%, participação do gás na matriz energética no Brasil. Há um pouco mais de 10 anos na Transportadora, em sua maior parte como diretor comercial, ele entrou para companhia quando a ANP deu início ao processo de abertura de mercado, com a regulamentação de tarifas de transporte de gás, estimativa de recursos e reservas, e na harmonização das legislações entre União e Estados.
"Com a proposta de um novo modelo de abertura de mercado, baseado no europeu, fizemos um trabalho em conjunto com a ANP. Uma parceria de respeito mútuo e produtiva.
As questões que estão sendo colocadas hoje de base avaliação de ativo, por exemplo, já foram definidas naquela época para TBG. De lá para cá, viemos progressivamente aumentando a carteira de clientes e ofertando novos produtos. A Petrobras ainda é hoje o nosso maior cliente em termos de volume, mas temos mais de 10 clientes bastante ativos com contratos de longo e curto prazos. Temos cerca de 500 contratos assinados somente em 2025. E já vejo hoje uma disputa pelos consumidores com uma progressiva redução dos preços de gás. Então, o que vemos aqui é concorrência de mercado", explicou.
Quanto ao gás do relevante reservatório de Vaca Muerta, o presidente da TBG sinalizou que das cinco possíveis rotas para o gás argentino chegar ao Brasil a que menos precisa de investimentos de infraestrutura é pela Bolívia.
"A Argentina tem que monetizar esse reservatório. Em termos interruptiveis, o gás argentino já chegou por quatro dias ao Brasil via o Gasbol. Foi um teste importante para se verificar questões logísticas, comerciais, entre outras. Então, independentemente da rota que o gás de Vaca Muerta chegue ao Brasil, é importante que seja com um valor competitivo de mercado", pontuou.
Hijjar ainda falou sobre como a TBG está preparada para injetar o biometano em sua malha e contribuir para incrementar a transição energética:
"Há quatro anos, fizemos um estudo para a injeção do biometano em nossa malha e verificamos que no trajeto da TBG há uma concentração de usinas sucroalcooleiras. Diante desse cenário, elaboramos um projeto com várias oportunidades de recebimento do biometano, seja por duto dedicado ou caminhões de GNC e GNL, a fim de facilitar a logística e atender a diferentes produtores com a possibilidade de escalar a comercialização já que o nosso duto atinge todo território nacional", comentou o executivo da TBG, que ainda destacou uma questão importante do Modelo de Negócio, que está em aprovação na ANP.
Hijjar finalizou o CEO Talks, no qual teve a moderação da diretora-executiva da Gas Natutal do IBP, Sylvie D'Apote, dizendo estar bastante animado com o momento pujante do setor de gás no Brasil:
"Há uma emergência regulatória, crescimento de mercado... Acredito que estamos no caminho certo. O mercado de gás não é simples, tem as suas complexidades, mas, sem dúvida, é de grandes oportunidades. Estamos vivendo um momento impar para um grande passo de maturidade da indústria do gás no Brasil."
O presidente da TBG também participou no primeiro dia do evento do painel Abertura de Mercado e Avanços Regulatórios para Expansão da Rede de Transporte, em que ele destacou a importância da regulação para abertura de mercado e novas oportunidades de transporte.
Além das participações nos painéis de destaque da Rio Pipeline, a TBG reforça seu compromisso com a excelência operacional, a sustentabilidade e a inovação tecnológica sendo patrocinadora Diamond do evento, além de apresentar uma programação robusta em seu estande e contribuir ativamente com os debates estratégicos do setor.
Durante os três dias de evento, o estande da TBG está sendo um ponto de encontro para profissionais e representantes da indústria, com palestras técnicas, sessões interativas, experiências digitais imersivas e apresentação de cases de sucesso da companhia. Veja a programação completa no site da TBG: https://www.tbg.com.br/riopipeline2025
O Rio Pipeline 2025 acontece entre os dias 9 e 11 de setembro, no Centro de Convenções Expo Rio Cidade Nova, no Rio de Janeiro.